Seguidores

quarta-feira, 27 de abril de 2011

A CAMBADA CONVIDA A TODOS PARA A SEGUNDA TEMPORADA DA PEÇA DE TEATRO DE VIVÊNCIA:

‘’MARGEM ABANDONADA MEDEAMATERIAL PAISAGEM COM ARGONAUTAS’’
-TEATRO DE VIVÊNCIA-
NO CLUBE DE CULTURA
(RUA RAMIRO BARCELOS, 1853)
SEMPRE ÀS 20 HORAS.
dias:
7,13,21 E 28 DE MAIO;
4,11,18 E 25 DE JUNHO
Ingressos a venda na bilheteria do teatro 1h antes da apresentação
R$ 20,00 inteiro e R$ 10,00 meia entrada.
A Cidade de Corinto está em chamas desde que a feiticeira Medeia foi abandonada por Jasão, seu homem.
A traição do herói com a filha do rei a leva a assassinar os próprios filhos em uma sangrenta vingança.
A saga da princesa de Cólquida, a perita do venenos, é revisitada desde sua fuga do lar paterno até sua aparição em outro tempo e outro espaço. Permeando a trama, surge a deusa Hécate, seu primeiro amor, inimiga da civilização, conduzindo Medeia por sua trilha de morte, levando-a a renascer em um retorno à barbárie. Jasão é condenado a vagar em uma paisagem infernal como expiação de seus crimes, um marinheiro em uma viagem sem fim, sedento em meio à água, assombrado por obscenidades, lançado à escuridão dos domínios de Tânatos, até, ciclicamente, reconhecer-se no teatro de sua morte.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Manifesto dos sobreviventes do Massacre de Eldorado dos Carajás

Da Página do MST
As famílias sobreviventes do massacre de Eldorado dos Carajás, organizadas pelo MST, lançam um manifesto à sociedade paraense e aos órgãos competentes ao assunto para marcar os 15 anos da tragédia, a impunidade dos responsáveis pelas mortes, a consolidação do Assentamento 17 de Abril e da luta pela Reforma Agrária nos últimos anos no estado.


Abaixo, leia o manifesto.


Manifesto das Famílias do Assentamento 17 de Abril à sociedade
paraense e ao povo brasileiro, de Eldorado do Carajás, Pará
Daqui, da Comunidade 17 de Abril, hoje somos quase seis mil pessoas numa das maiores agrovilas de assentamentos de Reforma Agrária do país; nossa residência política, ética, moral e cultural, nos manifestamos. Pelos nossos mortos e pelos sobreviventes nos manifestamos. Pela reforma agrária, pelo fim do latifúndio e sua força jurídica nos manifestamos e exigimos justiça. 


Até que cesse a gana dos impunes, não se pode perdoar o carrasco, um só deles. Estamos intranqüilos, como quer o momento de vigília.


Logo, em 17 de abril de 2.011, aniversaria o massacre de Eldorado do Carajás. 15 anos! E não cabe outra definição, senão que impunidade e, Pedro Tierra o mais solidário dos poetas, ressuscitou uma palavra vil da garganta dos dicionários e a pôs nos lábios dos séculos para descrever o golpe: “atroz” Eldorado do Carajás, símbolo vigente do caráter antipopular, anti-social e antidemocrático dos que monopolizam o poder e, por ele se opõem violentamente aos que lhes contestam, por terra, dignidade, trabalho, alegria e direitos, onde tudo é negado.


O massacre é um sinal, aos pusilânimes do poder é um fardo de agonia, que jamais poderão desmentir, nem mensurar nas fibras do passado. A memória é subversiva, ninguém a modela, insurge contra os truques midiáticos e os opõe a cada ano, nesta data da classe trabalhadora e das novas gerações nascidas na luta e na resistência do povo brasileiro e amazônida frente a máquina voraz do capital.  


Da marcha interrompida pela morte, onde pretendíamos chegar a Belém do Pará para uma negociação por terra, andando a pé quase oitocentos kilômetros, que para os governantes algo injustificável, como o ato insólito e traiçoeiro dos mesmos e, de todos os envolvidos. Chegamos ao mundo em notícias, em páginas de jornais e imagens televisivas numa curva onde hoje está o monumento das castanheiras e o nosso coração, um bosque simbólico.


Sabemos, uma poderosa voz nacional e internacional de denúncia e exigência ergueu-se soberana. Por isso, tudo o que somos hoje, cada fragmento das conquistas políticas, culturais e econômicas no Assentamento têm esse traço indelével, de solidariedade afetiva, religiosa e mística de milhares de estudantes, artistas, professores, intelectuais, e da grande massa do povo que, desde o primeiro instante não nos pediram conciliação dos interesses inconciliáveis, mas luta e organização. Intransigência dos pobres contra a intolerância dos ricos!    


Já não somos mais os mesmos, estamos nos reabilitando com o passar dos dias da grande dor e, nessa construção que já perdura 15 anos fizemos muitos progressos na organização social das famílias, no apoderamento político e cultural, na produção de alimentos, na educação, na infância e na juventude. Há uma escola que teima ser para a vida e não para o mercado, uma mobilização pela eliminação do analfabetismo e a construção de uma pedagogia transformadora.


Não abdicamos um só momento da luta e da memória, da construção da comunidade autônoma aos interesses imperiais. Estamos sim, muito longe da vida miserável que levávamos quando vagávamos nômades pelas ruas da fronteira, massa sobrante de um modelo de desenvolvimento predatório. Hoje portamos uma identidade camponesa e desenvolvemos formas de existir mais avançadas e democráticas.


Nesses anos aprendemos que os nossos direitos só a luta faz valer e reconhecemos que temos muitos limites, agruras impostas por uma política caduca, negligente, e cheia de camaradilhas, lusco-fusco da repressão, hoje até mais sofisticada que outrora, em perseguição sistemática às organizações, às suas pautas, aos seus militantes e dirigentes e que nos impediu de fazermos mais onde não havia nada, senão cercas, escravidão e violência do latifúndio.


O que vale a pena dizer, é que inauguramos seguramente um processo novo, cujo sentido é sermos sempre melhores naquilo que fazemos, uma comunidade ligada a toda uma trajetória de luta e que aspira futuro, um novo modelo de desenvolvimento para o campo, na defesa de uma agricultura diversificada, sadia e barata à população.


Faremos esforços grandiosos para ir mudando, o que ainda não pode ser mudado, sendo com toda força e beleza, exemplo pedagógico à sociedade e aos pobres que perecem nas cidades embrutecidas pela lógica abismal de que cada um é aquilo que consome, e que sabemos não tem mais nada a perder, pois já perderam por demais na vida, que a luta é o único encontro possível que possa  livrá-los da barbárie e do aniquilamento social!


Nesse momento queríamos saudá-los com essa epígrafe, de um dos melhores amigos que o Assentamento e nossa Organização teve e, que nos deixou no ano passado, o escritor José Saramago. E com esse sentimento exigir e reivindicar, o que nos cabe nessa quadra histórica: dignidade. É o nosso gesto de aliança permanente, com os ambientalistas, com os partidos políticos, com a intelectualidade, com os indígenas, com os quilombolas com as organizações urbanas e rurais, com o movimento estudantil, com os operários, com as organizações latino americanas e via campesina internacional enfim, com os que lutam e sonham e fazem superações!
Levantado do Chão!


“Do chão sabemos que se levantam as searas e as árvores,
levantam se os animais que correm os campos ou voam por cima deles,
levantam-se os homens e as suas esperanças. Também
do chão pode levantar-se um livro, como uma espiga de trigo
ou uma flor brava. Ou uma ave. Ou uma bandeira.
Enfim, cá estou outra vez a sonhar. Como os homens
a quem me dirijo.”



José Saramago
Da nossa residência, pelos nossos mortos, pelos sobreviventes e pela nossa luta, nos manifestamos e exigimos:


1.Exigimos Reforma Agrária; uma política que confronte o latifúndio e desenvolva o campo sobre outro signo, que não é o do agronegócio; hoje traduzido, em agrotóxico, comida envenenada, transgenia, reconcentração de terras e uso intensivo da biodiversidade para fins privados. O atual programa de regularização fundiária na Amazônia (terra legal) legitima o latifúndio, não se traduz em maior numero de áreas destinadas a Reforma Agrária e nem resolve os conflitos sociais.
2.Exigimos um programa imediato para assentar as quase cem mil famílias acampadas no país, em especial as famílias acampadas no Pará, nas áreas emblemáticas do Grupo Santa Bárbara, Mutran´s, Quagliatos e Josué Bengston e Fazenda São Luis, onde a VALE é o principal empecilho. Assim como a destinação das áreas públicas que tiveram seus títulos cancelados, pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para um amplo programa de Reforma Agrária no Estado, como forma de cessarem os conflitos e também de reparação pública.
3.Exigimos uma política agrícola que esteja associada ao bioma amazônico, que respeite o campesinato amazônico e sua complexidade, para que sejam guardiões da água, da terra, da floresta, dos ecossistemas e da biodiversidade. E possam exercer soberania sobre suas riquezas. Por exemplo, parar por completo, pois, não há justificativas, a não ser do interesse do capital, a construção da hidrelétrica de Belo Monte!
4.Exigimos um plano de reestruturação do INCRA nacional e das suas superintendências na Amazônia, em especial no Pará. Pesa saber, onde se estruturam os mais graves conflitos agrários no País, o INCRA seja o órgão mais desestruturado e desarticulado com a sua missão, cindindo entre os mais diversos interesses. Exigimos um plano imediato de recuperação dos assentamentos com programas sociais e infra-estrutura, em especial o Assentamento 17 de abril. 
5.Exigimos justiça; reparação política e econômica às famílias dos mortos do Massacre de Eldorado do Carajás. Assim como um plano de julgamento por parte do Tribunal de Justiça do Estado (TJE) para os casos emblemáticos, que esperam julgamentos mandantes e assassinos de Trabalhadores Sem Terra, indígenas e militantes sindicais e religiosos. O fim dos despejos no campo e nas cidades!
6.Exigimos um novo modelo de desenvolvimento econômico e social para as regiões e para o Estado. Uma alternativa aos mega-investimentos e ao monopólio do projeto mineral da Vale, que devoram os ecossistemas e biodiversidades das regiões e produz desigualdade e barbárie social nas cidades, desterritorialização das famílias e grupos sociais, e tem como marca indissociável uma política de compensação social mais atrasada do mundo!
Com ternura,
Assentamento 17 de Abril,
Eldorado do Carajás
Abril, de 2011
Ano de luta e resistência na Amazônia!


Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - PA
Reforma agrária: Por justiça Social e Soberania Popular!

segunda-feira, 11 de abril de 2011

NESTA QUARTA-FEIRA, DIA 13/04, TEM APRESENTAÇÃO DO TRABALHO DA OFICINA DE TEATRO DE RUA DA CAMBADA!!

ÁS 16 HORAS, NA ESQUINA DEMOCRÁTICA (BORGES DE MEDEIROS, ESQ. ANDRADAS).
NÃO PERCAM!!!
A montagem da Oficina de Teatro de Rua é inspirada no Texto "Corínthias, meu amor", de César Vieira

VIVA O TEATRO DE RUA GRATUITO E ABERTO À TODAS E TODOS!!

        A Cambada de Teatro em Ação Direta Levanta FavelA...

                                                       Convida:
Companheiros, Colegas, Colaboradores...
Para um ato simbólico de denúncia aos 15 anos de impunidade do massacre de eldorado dos Carajás, que acontecerá no próximo dia 18 (segunda-feira) as 12h na Esquina Democrática, lembrando e denunciando o assassinato de 19 militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra pela policia do Estado do Pará, a mando do coronel Mário Pantoja e com a conivência do então governador Almir Gabriel.
Este ato tem um caráter muito significativo para o Levanta FavelA... pois foi com este grito de denúncia que nasceu a cambada, na época eram 12 anos de impunidade, mas infelizmente este grito não foi ouvido e pelo quarta vez consecutiva continuamos a gritar, este ano são 15 anos de impunidade e descaso com uma chacina que teve repercussão mundial. Lembramos também neste dia o companheiro Elton Brum, também integrante do MST, assassinado pela polícia do Estado do Rio Grande do Sul, no dia 21 de agosto de 2009, com um tiro pelas costas.
Contamos com sua(s) presença(s)! Tragam a sua denúncia e revolta!
Para quem quiser participar da encenação do Ato:
Único ensaio: segunda feira, dia 11/04, ás 18h na Cia de Arte (Andradas, 1780, 9º andar)
“Testemunhamos pra contar a nossos filhos e suas gerações
Governava o Brasil em 17 de abril, dia do massacre vão
Um tal Fernando Henrique que era o presidente, chefe da nação
Governava o meu Pará Dr. Almir Gabriel, que determinou a operação
Mas foi um tal de coronel Mário Pantoja que deu a ordem de atiração.
Dezenove brasileiros foram massacrados na PA-150
Dezenove lavradores foram assassinados na Curva do "S", então
Eram Silvas, Pereiras, Almeidas, Santos, Dias e Nascimentos
Gente de breu e fibra como eles não se encontra atrás de pé no chão
A PA-150 foi manchada em sangue e o breu desses irmãos.
A Curva do "S" para sempre envergonhada chora
A morte desses cabra bãos
Acreditamos que as pessoas que vivem é para as outras que um dia chegarão
A reconstruir o que os egoístas tentam destruir mas nunca conseguirão.
Três Antônios, um Oziel, um Lourival, um Joaquim, um Amâncio, um Manoel, um Leonardo e um Altamiro, João Rodrigues e João Carneiro, um Abílio, um Raimundinho, dois Josés, um Graciano, um Robson e um Valdemar
Candelárias, Candelárias, Candelárias, Candelárias, Candelárias, Candelárias, Candelári
Os Eldorados dos Carajás,
A pedagogia do aço
Golpeia no corpo esta atroz geografia
Se calarmos, as pedras gritarão”

quinta-feira, 7 de abril de 2011

O LEVANTA FAVELA PARTICIPARÁ DO 3º FESTIVAL DE TEATRO DE RUA DE PORTO ALEGRE COM O ESPETÁCULO DE RUA ÁRVORE EM FOGO!!

SEMINÁRIO: TEATRO DE RUA

“PROCESSOS CONTEMPORÂNEOS III”
O Teatro de Rua nos processos contemporâneos e a fisionomia da cena de rua em Porto Alegre: Como se dá as marcas de tais relações? Os “Contextos do Saber” e as “Mutações Contemporâneas” e como os grupos teatrais se inserem nessas transformações.
CONFERÊNCIAS

Mediação de Renato Mendonça - jornalista e crítico teatral
No Teatro Renascença (Av. Érico Veríssimo, 307)
As inscrições serão na hora do Seminário (chegar meia-hora antes)
Ingresso: 1kg de alimento não perecível - para o Programa Fome Zero
11 de abril

segunda-feira
das 15h às 18h
Webconferência Espanha/Brasil
Arte como experiência estética e investigação como forma de produzir saberes
com Óscar Cornago
Investigador do Centro de Humanidades e Ciências Sociais do Conselho Superior de Investigações Cientificas de Madrid. Seu trabalho tem se especializado na história do teatro contemporâneo e teoria das mídias. Entre seus últimos livros se encontram La vanguardia teatral en España (1965-1975): del ritual al juego, Pensar la teatralidad y Resistir en la era de los medios: estrategias performativas en literatura, teatro, cine y televisión. Tem estudado e documentado a obra de artistas da cena contemporânea da Espanha e Latino-americana em livros como Políticas de la palabra, Éticas del cuerpo y Acercamientos a lo real.
11 de abril
segunda-feira
das 19h às 21h
Os contextos do saber: representações, comunidade e cultura
com Sandra Jovchelovitch
Uma das mais influentes psicólogas sociais trabalhando na Europa hoje, é internacionalmente reconhecida pelo seu trabalho no campo das representações sociais. É professora e diretora do Instituto de Psicologia da London School of Economics and Political Science e dirige o Programa de Mestrado em Psicologia Social e Cultural. No Brasil, Jovchelovitch também dirige, com Pedrinho Guareschi, a coleção Psicologia Social Contemporânea, da Editora Vozes. Já publicou Representações Sociais e Espaço Público: A Construção Simbólica dos Espaços Públicos no Brasil (2000) e Textos em Representações Sociais (1994).Seu ultimo livro, Os Contextos do Saber: Representações, comunidade e cultura, foi traduzido pela Vozes e lançado no Brasil em 2008.
12 de abril
terça-feira
das 19h às 21h
A Fisionomia da Cena de Rua em Porto Alegre e as Marcas de tais Relações
Com Kil Abreu e Rosyane Trotta
Lançamento do Livro
Teatro de Rua no Brasil – a primeira década do terceiro milênio
de Licko Turle e Jussara Trindade
12 de abril
terça-feira
às 18h
Teatro Renascença
Mostra Fotográfica Teatro de Rua
de 05 a 12 de abril
12 Fotos no Deck do Estúdio Vitrine da Oi FM na Rádio Oi Fm (de segunda a sexta das 9h às 18h Rua Padre Chagas, 347)
18 Fotos no Saguão do Centro Municipal de Cultura Lupicínio Rodrigues (Todos os dias - das 9h às 22h Avenida Érico Veríssimo, 307)
São fotos do 2º Festival de Teatro de Rua de Porto Alegre feitas pelo conjunto das turmas do Curso Superior de Tecnologia em Fotografia da ULBRA/Canoas, com coordenação do professor e fotógrafo Fernando Pires.